Esta iniciativa nasceu de um interesse individual que se tornou um diálogo e uma prática mais coletiva.
A premissa é simples, falar de identidade e individualidade utilizando os têxteis e a fotografia como canal de expressão. Isso foi possível integrando pessoas que tiveram o primeiro encontro com o bordado. Como resultado, eles estavam em um espaço de trabalho diferente, desencadeando neles resistência, não só pelas técnicas, mas também pelas diferentes emoções que ressoavam em cada encontro. Sendo esta última a âncora para construir uma base de dados mais completa sobre o problema que nos aflige.
A chamada foi aberta com um grupo de 12 participantes, 2 encontros presenciais e acompanhamento e suporte online.
No primeiro encontro tivemos um reconhecimento dos materiais e abrimos o canal de perguntas que nortearam então esses diálogos interativos.
Para o trabalho final abordamos essas conversas realizadas através da fotografia bordada. Onde intervieram no seu próprio retrato, sendo esta a sua carta de apresentação e a ideia principal de como nos percebemos. Isto através dos pontos que manifestaram, das cores da meada, das figuras e formas que acrescentaram. A documentação dos depoimentos dos participantes é o complemento perfeito para compreender a profundidade do resultado final.
Estas reuniões, estes diálogos, são o espaço seguro e tangível para pensar num futuro ideal e real. Porque uma agenda que se sustente não pode ser criada se a identidade e a individualidade de cada pessoa não forem validadas neste presente. Algo que ressoou nas negociações foi que eles viram um futuro onde não precisaríamos nos preocupar com este último. Sejamos o que queremos ser!
Por último, o meu interesse é continuar o trabalho contínuo de investigação sob esta premissa, não só para obter respostas que nos proporcionem uma base de dados sólida, mas também para criar agentes de mudança e sustentar e manter essas respostas positivas que nos são dadas durante os workshops.
