Instalação
Guatemala
2016
Gráficos são representações. Recursos que se manifestam visualmente para mostrar relações estatísticas, para interpretar um fenômeno através das proporções de uma figura em um espaço. Fugindo da representação, este trabalho trabalha com gráficos com os próprios objetos ao invés de representá-los. Algo tão óbvio como personificar o dinheiro com uma conta ou o tempo com um relógio. São as grafias que usamos no dia a dia.
Os relógios masculinos e femininos não significam a mesma coisa. Se forem contabilizadas as horas de trabalho não remunerado, a grande lacuna torna-se visível. Os homens, em média, passam 3 horas em trabalho não remunerado, mas as mulheres realizam quase um dia de trabalho sem receber reconhecimento: 7 horas.
A partir do questionamento dos gráficos como unidades de medida, o exercício retorna aos elementos que servem para contar o mundo cotidiano. Ele desafia não a visualização de dados – utiliza gráficos de pizza e de barras – mas o uso de abstração nas medições.
