Projeto inspirado nas histórias ocorridas durante os incêndios nas montanhas de Córdoba (Argentina), onde uma vizinha expressou o desamparo e a angústia causada ao ouvir o som do fogo durante a noite enquanto precisava dormir. A obra procura refletir esse contacto próximo com a destruição que o nosso ecossistema está a sofrer, em relação à indiferença sociopolítica expressa pelos últimos 100 anos de exploração e consumo irracional.
O controle da dinâmica do fogo representa uma correlatividade em que, de acordo com os dados recebidos pelo sistema, ele é abastecido ou extinto, refletindo quais hábitos são mais nocivos ou amigáveis ao meio ambiente (por exemplo: quanto maior o consumo de carne, mais fogo; quanto mais resíduos reciclados, menos fogo). Foram utilizados conjuntos de dados públicos com os seguintes dados: Consumo per capita de carne no mundo de 1990 a 2019. Emissões de CO2 no mundo de 1920 a 2017. Incêndios na Amazônia de 1999 a 2019. Consumo de energia não renovável ( kW/H ) no mundo per capita de 1965 a 2019. Consumo de energia renovável (kW/H) no mundo per capita de 1965 a 2019. Porcentagem de plásticos descartados/reciclados no mundo de 1980 a 2015.
Uma metáfora sinestésica que nos lembra que não há planeta B para onde ir quando tudo pega fogo; e que o momento de despertar a nossa consciência sobre a fragilidade da Terra é agora.